INTRODUÇÃO SOBRE SATÉLITES
A maioria dos satélites de comunicação são do tipo Geoestacionários, são colocados em uma órbita, de forma que tenham um período de rotação igual ao do nosso planeta. Com isso a velocidade angular de sua rotação se iguala à da Terra. Visto daqui é como se estivesse parado no espaço.
A União Internacional de Telecomunicações (UIT) dividiu o espaço geoestacionário em 180 posições orbitais, cada uma separada da outra de um ângulo de 2° (dois graus). O Brasil pleiteou 19 posições orbitais junto à UIT.
TRANSPONDER
O transponder é o dispositivo responsável pela retransmissão do sinal recebido é composto de um conjunto de componentes eletrônicos que recebe o sinal da Terra (enlace de subida) e após processamento como ganho de potência, filtragem e translação de freqüência o retransmite para o planeta (enlace de descida).
Um satélite geralmente é composto de vários transponders que atuam como unidades independentes de repetição, cada um ocupando uma faixa exclusiva de freqüências, sendo importante para aumentar sua confiabilidade e versatilidade.
FREQUÊNCIA DOS SATÉLITES
Os satélites de comunicação usam as faixas C (4 a 8GHz), X (12,5 a 18GHz), Ku (12,5 a 18GHz) e Ka (18 a 40 GHz).
A faixa C é a mais utilizada nas transmissões telefônicas interurbanas e internacionais e na transmissão de TV; a faixa X é de uso militar e a Ku permite a TV por assinatura via satélite.
ESTAÇÃO V-SAT
Uma estação VSAT é composta de duas unidades físicas distintas, a Unidade Externa (ODU – “outdoor unit”) e a Unidade Interna (IDU – “indoor unit”). Na ODU fica a antena, alimentador e a parte de RF, o transmissor e o receptor. Na IDU fica toda a parte de banda básica, constituída essencialmente do modem.
A IDU se conecta à ODU por meio de cabos coaxiais onde a transmissão é feita a nível de frequência intermediária (FI), geralmente na faixa de 2 GHz. A distância máxima que a ODU pode ficar da IDU varia de 50 a 100 metros.
MÉTODOS DE ACESSO SATÉLITE
O acesso múltiplo exige um gerenciamento preciso por parte da empresa operadora do satélite, com o objetivo de evitar interferência mútua entre as diversas estações. O acesso pode ser:
TDMA (“Time Division Multiple Acess”) ou acesso múltiplo por divisão de tempo, no qual a cada canal está associado um intervalo de tempo que se repete periodicamente;
FDMA (“Frequency Division Multiple Access”) ou acesso múltiplo por divisão de frequência, cada canal está associado a uma frequência; é o único que suporta sinais analógicos;
FTDMA (“Frequency Time Division Multiple Access”) ou acesso múltiplo por divisão de frequência e tempo, que é uma combinação dos dois anteriores, onde cada canal está associado um par ordenado de frequência e intervalo de tempo;
CDMA (“Code Division Multiple Access”) ou acesso múltiplo por divisão de código, que utiliza a técnica de espalhamento espectral (“spread spectrum”) onde a cada canal está associado um código, que é a chave de decodificação daquele canal.
SCPC (um único canal por portadora) destina-se à transmissão da voz digitalizada a 64kbps (ou dados com velocidade de até 2048kbps) na modalidade duplez.
APLICAÇÕES PARA SATÉLITE
As aplicações da tecnologia de comunicação por satélite são as seguintes:
para regiões geográficas muito grandes e para atingir localidades remotas como, campos de mineração, madeireiras, propriedades rurais e suburbanas e postos em rodovias;
onde seja necessário uma implantação rápida, ou de uso ocasional, como para shows, rodeios, corridas de automóvel;
aplicações militares como defesa de fronteiras, etc;
Para os meios de transporte aéreo e maritimo.
Para telecomunicações, televisão, internet, etc.
SOLUÇÕES VSAT
Sistemas de comunicação via satélite nas bandas Ku e Ka constituem uma tecnologia moderna e de grande potencial em termos de serviços de telecomunicações. Devida à freqüência elevada, serviços de telecomunicações como de telefonia, de dados e de televisão podem ser realizados através de redes com topologia em estrela constituídas de estações terminais de pequeno porte denominadas de VSAT (“Very Small Aperture Terminal”), acopladas a uma estação central mestre (“master” ou “HUB”).
As redes VSATs são uma solução técnica-econômica interessante para países como o Brasil, pois possui grandes áreas com comunidades remotas ou isoladas.